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As lições de grandes CFOs mulheres

Com mediação de César Souza, CEO da Empreenda, quatro diretoras financeiras debatem seus desafios e colocam em primeiro lugar o papel da gestão de talentos para a eficiência do negócio

O mundo profissional encontra-se em compasso de reconfiguração. Todas as profissões vivenciam hoje profundas transformações. “Até lá na Bahia, minha terra, tem mãe de santo fazendo consulta via Skype”, brinca César Souza, CEO da empresa e mediador do debate que levou para o palco quatro grandes CFOs mulheres, durante o CFO Week, evento organizado pelo Experience Club, nos dias 17 e 18 de maio, no Hotel Sofitel, no Guarujá (SP).

Para César, hoje não há mais espaço para o tradicional diretor financeiro. O momento é do NeoCFO, um agente de transformação que atua como parceiro do CEO, dado seu papel estratégico e com forte potencial para ser seu sucessor. É ele quem traz insights para oportunidades de negócios, apresenta atratividades para investidores e desenvolve equipes. Seu papel, mais do que cuidar do dinheiro, é ser um líder inspirador.

SUCESSÃO

Alessandra Segatelli, CFO da britânica Pearson, a maior empresa de educação do mundo, é uma espécie de formadora de sucessores. “Sempre que deixei as empresas onde trabalhei, a pessoa que estava ao meu lado virou minha sucessora”, explica Alessandra, que tem a sucessão como uma de suas grandes preocupações e também missões.

MOTIVAÇÃO

Hoje, não existe área financeira sem tecnologia. E também sem gente. “O maior desafio em um processo de fusão e aquisição é o aculturamento das pessoas. Fazer com que elas acreditem que é para melhorar a vida delas”, explica Stania Lopes, CFO da Ciena, empresa de infraestrutura de telecom. A imagem que o CFO tem de “bad guy” outro grande desafio que precisa ser deixado de lado. “É preciso trabalhar cada dia mais para fazer parte dos negócios ao lado do CEO”, diz Stania.

Da mesma opinião é Giane Abreu, CFO da Sitel, empresa de contact center. “A motivação dos funcionários e a questão de compliance são o Tendão de Aquiles”, observa.

TALENTOS

Cuidar dos talentos é vital, como destaca Solange Waileman, CFO da Thermo Fischer, gigante global que atua a serviço da ciência, realizando de sequenciamento de DNA a vacinas. “Meu maior desafio não é fechar balanço, fazer imposto de renda e controlar fluxo de caixa. Meu maior desafio é cuidar das pessoas”, admite.

E como ela faz para trazer para si os colaboradores ao invés de afastá-los? “Aprender a mudar o papel, não ser mais a área punitiva, mas sim a área que ensina. Ser parceira. Cuidar do emocional das pessoas e trazê-las para perto.”

Texto: Françoise Terzian

Foto: Marcos Mesquita

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